terça-feira, 24 de maio de 2011

Top 10: Gatinhos do Marxismo Ocidental

O motivo desse post é simples! Reclamaram que estava faltando gente bonita nesse blog! Sem mais delongas, aqui vou eu atender o desejo dos leitores libidinosos. Cada foto será seguida de um breve comentário, para situar os leitores que não estão familiarizados com as respectivas beldades.

10. Eric Hobsbawn
Professor de História e comunista nas horas vagas. Uma vez em 199? perguntaram para Hobsbawn se ele achava que os 20 milhões de mortos na história da URSS justificavam a Revolução de 1917. A resposta dele foi  bem simples: “SIM”.


9. Stuart Hall
Um dos caras que mais teorizou sobre cultura nos últimos anos, Stuart Hall nasceu na Jamaica, mas mora na Inglaterra. Muitos afirmam que ainda está escrevendo a obra prima de sua vida: “A Dialética do Reggae”.


8. Marshall Berman
Berman é um marxista barra pesada! O cara nasceu no Bronx e hoje da aula de arquitetura e urbanismo na universidade de Nova York. Sua grande obra é o clássico “Tudo que é sólido desmancha no ar”.


7. Walter Benjamin
O grande hippie da Escola de Frankfurt, Benjamin era chegado em haxixe, morfina e participava de cultos místicos ao ar livre com um guru espiritual que muitos diziam ser seu amante. (O Marshall Berman fala isso naquele livro dele de 2001)


6. Perry Anderson
Critico marxista e professor de história nas horas vagas, Anderson é campeão em polêmicas. O cara já xingou a Escola de Frankfurt, os pósmodernistas, o neoliberalismo, sem falar que brigou um monte com o Edward Thompson quando ambos escreviam na New Left Review.



5. Jürgen Habermas
O último arauto da Escola de Frankfurt, Habermas tinha uma grande treta com  Michel Foucault. É óbvio que discutiremos essa pendenga mais a frente, mas o motivo para Habermas estar nessa lista sem dúvida é esse cabelinho filho da p....


4. Louis Althusser
Filósofo, gostava de misturar marxismo com psicanálise. Após teorizar ao máximo nas grandes universidades da França, e afirmar que a TEORIA era superior a PRÁTICA, estrangulou a própria mulher e foi internado em um hospício. Porém, acho que todos concordamos que essa foto com o cachimbo ta muito mafiosa!!


3. Edward Thompson
Historiador/marxista/pacifista, Thompson vendeu muitos livros teorizando sobre o nascimento da classe trabalhadora. Porém, gastou todo o seu dinheiro militando pelo desarmamento nuclear nos anos 80. Deu origem a uma raça própria de replicantes muito peculiar, os “thompsonianos”.




2. Nicos Poulantzas
Filósofo grego considerado o Brad Pitt do Marxismo Ocidental. Muitos dizem que deveria ter sido galã de novela, mas ele preferiu seguir com suas convicções até o fim. Suicidou-se aos 43 anos de idade, quando pulou da janela do seu ap.


1. Slavoj Zizek
Comunista/psicanalista/piadista Zizek é com certeza o rock star do Marxismo ocidental. Considerado por muitos o “Sartre” do século XXI, ele já vendeu muitos livros falando mal de muita gente e fazendo piadas. O cara meteu o pal na ecologia, meteu o pal nos filmes do Hitchcock, meteu o pal no multiculturalismo, meteu o pal no filme Matrix, e provavelmente meteu o pal na menina aí da foto. Por essas e outras razões, além de todo o seu charme e elegância, ele merece o nosso primeiro lugar.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Até onde vai a sua imaginação??



Devo o Insight desse post a um amigo que não via faz tempo. Vou deixar aqui apenas duas imagens para mexer com a imaginação do leitor. As figuras que aparecem nelas são respectivamente o filósofo bergsoniano suicida Gilles Deleuze, e um dos pupilos prodígios de Jacques Lacan: Félix Guattari. Até onde ia a relação dos dois é um mistério até hoje. Para os leitores desinformados, a parceria desses dois resultou em muitos livros vendidos como os Best-sellers “Anti-édipo” e “Mil Platôs”. Apesar deles serem uma dupla de dois, eles fizeram uma verdadeira suruba de idéias, visto que faziam uma espécie de psicoanálise-nietcheniana-descontrutivista-bergsoniana com o intuito de entender o binômio capitalismo/esquizofrenia (sem falar em subverter a metafísica ocidental).

As duas imagens em questão podem ser encontradas na biografia conjunta dos dois autores, escrita pelo historiador/biógrafo François Dosse. Essa biografia dupla tem 440 páginas e foi publicada no Brasil em 2010 pela editora Artmed.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Os 5 reis magos do Estruturalismo!


No inicio dos anos 80 o aspirante historiador François Dosse, sem saber sobre o que deveria escrever, teve a idéia que todos esperam um dia ter (ou não): “Vou escrever sobre tudo aquilo que foi escrito na França nos últimos 30 anos”!
O cara não estava brincando!! Assim nasceu o meu livro favorito que eu nunca terminei de ler, História do Estruturalismo I e II. Resumindo o cara mostrou a que veio e entrevistou mais de 200 pessoas que viveram a farra new age estruturalista dos anos 60/70. E realmente leu tudo que foi escrito naquele período. Como diz um amigo meu “esse daí é cavera”! Se você não sabe nada sobre o Estruturalismo, eis aqui os personagens chave:


Levi-Strauss: Adorava observar o que os índios faziam, e ajudou a fundar a USP (o que explica muita coisa)


Althusser: Tentou provar que o Marxismo era uma ciência das boas!


Foucault: Escrevia livros sobre loucura, sexo e criminalidade. Vendeu muitos!


Lacan: Mostrou que ainda valia a pena fazer psicanálise no século XX. Cobrava muito caro pelas sessões.


Barthes: Vendeu muitos livros falando que o autor moderno estava morto.


De resto, parafraseio aqui alguns trechos do livro de François Dosse:




O êxito que o estruturalismo conheceu na França ao longo dos anos 50 e 60 não tem precedente na história da vida intelectual desse país. (DOSSE, 2007: P.21)


Essa conjunção é que permite compreender por que tantos intelectuais se reconheceram num mesmo programa, o qual suscitou múltiplos entusiasmos, a ponto do treinador da seleção francesa anunciar, em 1960, uma reorganização estruturalista do time a fim de melhorar os resultados. (DOSSE, 2007: P.21)


Depois, subitamente, tudo foi abalado e um destino funesto golpeou o estruturalismo no início dos anos 80. A maior parte dos heróis franceses dessa gesta épica, de fulgurante irradiação internacional, desapareceu num mesmo sopro da cena dos vivos, transferindo-se para o outro palco, como se os teóricos da morte do homem se tivessem todos deixado arrebatar ao mesmo tempo por um espetacular trespasse..... Roland Barthes, é atropelado na rue dês Écoles por uma camioneta de lavanderia, após almoçar com o primeiro-secretário do Partido Socialista.... Na noite de 16 de novembro de 1980, Louis Althusser estrangula sua fiel esposa Helene. O eminente representante do mais rigoroso racionalismo é julgado e considerado irresponsável por seu ato, e vê-se hospitalizado em Saint-Anne (hospício).... O homem das palavras, o grande xamã dos tempos modernos, Jacques Lacan, extingue-se afásico em 9 de setembro de 1981. Passam-se alguns anos, e o vento da morte volta a soprar para arrebatar Michel Foucault no apogeu da popularidade em 1984. (DOSSE, 2007: P. 23)


Alguns vão mesmo ao ponto de teorizar a coisa e vislumbrar, por trás da conjunção desses destinos trágicos, a revelação do impasse.... O corte epistemológico de um pensamento especulativo com o real teria conduzido a autodestruição. É evidente que tal aproximação depende do artifício, que levava à glória midiática o banquete estruturalista, dos quatro mosqueteiros, que dessa vez eram cinco: Michel Foucault, Louis Althusser, Roland Barthes, Jacques Lacan e o pai de todos eles – Claude Lévi-Strauss. (DOSSE, 2007: P.23)


HISTÓRIA DO ESTRUTURALISMO I e II. 2007. EDUSC. São Paulo

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fofocar é uma coisa que para começar, você devia começar...

Esse blog é fruto de um exercício teórico-metodológico extremamente rebuscado. O pressuposto teórico é uma mistura de Marx e Deleuze com Foucault. A metodologia é aquela que eu aprendi lendo a Revista Caras enquanto esperava na fila do consultório do meu urologista.
Estamos em uma época que se fala de muita Teoria. Nós temos a Teoria Social, a Teoria da História, a Teoria Literária, a Teoria da Comunicação, a Teoria Queer, além da minha favorita, a Teoria do Caos. Esse blog é transdisciplinar! Ele mistura todas essas disciplinas e teorias em uma suruba teórica, que transcende qualquer possibilidade de um relatório de pesquisa para o CNPQ. O objetivo em questão é menos teorizar do que falar da vida daqueles que teorizam!
O presente empreendimento não é nada original! Sua inspiração filosófica vem do Partido Pirata da Suécia, da revolta deleuziana, assim como do bom humor de Marx. O que farei aqui não será nada muito além de discutir a biografia de alguns autores e citar algumas coisas que eles escreveram (ou que escreveram sobre eles). Nada do que será posto aqui é novo, visto que a maioria dos escritos foi obtido através da Wikipédia ou do Google Acadêmico.
O objetivo aqui é falar de historiadores, sociólogos, antropólogos, filósofos, psicanalistas e críticos literários. Com isso mostrarei que aquele fogo que queima por trás do debate intelectual, é o mesmo fogo que alimenta a fogueira das vaidades.
Quero jogar os autores contra eles mesmos, para com isso fazer chover ácido sobre esse grande guarda-chuva que alguns ousam chamar de “Ciências Humanas”. Procuro nesse empreendimento mostrar que o intelectual é apenas uma COISA, assim como todas as outras COISAS!
Devo salientar que colaborações são bem vindas, pois um empreendimento intelectual de tal amplitude não pode ser feito sozinho. E como a meta do blog é atingir o qualis máximo da CAPES, qualquer tentativa de fazer uma publicação conjunta também será bem quista.
Para encerrar, vale dizer que o blog vai se concentrar mais em deba(ofend)ter autores estrangeiros, uma vez que quero evitar os processos por difamação em território brasileiro. Não é possível dizer se os objetivos da introdução serão alcançados, uma vez que ela é pura enrolação. Mas é certo que nesse blog não vai faltar fofoca, curiosidades e muita gente bonita....

Bibliografia Referencial:

DOSSE, François,. Historia do estruturalismo. Baurú: Edusc, 2007.

SCRUTON, Roger. Uma breve história da filosofia moderna: de Descartes a Wittgenstein. Rio de Janeiro: J. Olympio, 2008.

EAGLETON, Terry. Depois da teoria: um olhar sobre os estudos culturais e o pós-modernismo. São Paulo: Civilização Brasileira, 2005.