quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Presentes para o natal parte 2



Alguns meses atrás, já fiz uma lista de livros para o natal! Porém, a proximidade deste feriado que santifica o consumismo como ritual suí-generis da nossa época pós-moderna exige uma orientação intelectual para os leitores ávidos pelo saber (leitores ávidos por saber = exagero desnecessário). Logo, resolvi contemplar aqui algumas obras que chegaram ao mercado brasileiro nesse 2011 que se encerra, e que não foram contempladas na listagem anteriror. Se o leitor não for tão vagal quanto eu suponho que é, ele vai dar uma olhada na lista anterior http://teoriadafofoca.blogspot.com/2011/09/top-5-presentes-para-o-natal.html !

O interessante da listagem abaixo é que ela contempla, não apenas os lançamentos de 2011, mas também obras antigas. As quais, devido a uma multiplicidade de fatores complexos dos quais eu não faço a mínima idéia, só chegaram aqui no Brasil nesse ano de 2011!

 Antes de dar início a lista, devo fazer aqui uma ressalva! Todos sabem que nesse blog tento dar ênfase em obras e autores internacionais justamente para evitar os processos em território nacional por difamação ou coisas do gênero. Contudo, nesse post de final de ano, me senti obrigado a mencionar, uma obra estupenda, made in Brasil, cuja erudição transborda pelos dedos dos leitores que dedilham ela! Os leitores que tiverem paciência a contemplarão no primeiro lugar!

Sem mais delongas, vamos a lista:

 








5. Outono no quintos dos infernos!

Esse livro de 650 páginas foi escrito pelo historiador holandês Johan Huizinga na primeira metade do século XX (Será que a maconha já era legalizada na Holanda nessa época???). O fato de esse livro gigante ser traduzido e lançado no Brasil pela editora Cosac e Naify algumas décadas depois é uma prova legítima de duas coisas: 1 Tem gente interessada em estudar coisas que não contribuem em nada para resolver as mazelas sociais contemporâneas; 2 Tem grandes editoras tipo a Cosac e Naify dispostas a publicar e vender livros caros para essas pessoas!!









4. A biografia do careca!

Biografias são sempre legais para se ler nas férias, ainda mais essa que é muito louca, diga-se de passagem! Nela podemos ver que Foucault, além de usar ácido e freqüentar as saunas homoafetivas de São Francisco, gostava de passear em alta velocidade com seu Porsche pelas ruas de Paris durante a madrugada. Nada contra Foucault ou os homossexuais, mas tais fatos de sua vida me levam a pensar que ele era a típica bixa ryca!









3. Manual de tortura de mulheres!

Esse livro é uma coletânea de textos escritos, em sua maioria, por antropólog@s e jornalist@s. Em resumo são textos que dissertam como as mulheres só se fodem na América Central, na África e no Orienta Médio! Eu li apenas um capitulo e acreditem, seria comigo se não fosse trágico! Em várias regiões do México se uma mulher entre 14 e 30 anos sumir, a polícia não se da ao trabalho de investigar, pois imagina (apenas imagina) que ela era peguete de algum traficante e foi morar com ele ou coisa do tipo! Pelo mesmo motivo a polícia mexicana não se da ao trabalho de investigar, caso o corpo da mulher apareça em algum canto algumas semanas depois.








2. O velho Marx sempre retorna!

Como Marx não era muito chegado no capitalismo, eu honestamente não sei se ele gostaria que editoras esquerdistas tipo a Boitempo continuassem publicando seus escritos para com isso descolar alguns trocados! Mas esse livro tem uma história engraçada! Basicamente, Grundrisse são os rascunhos de “O Capital”! Eles só foram publicados na Europa na metade do século XX, porque o PC da Rússia escondeu os manuscritos por muito tempo (tenho quase certeza que foi o Stalin que escondeu, mas a história é tão cheia de intrigas que eu não lembro agora). Agora, depois de serem publicados em várias partes do mundo, finalmente eles foram traduzidos para o português, do Brasil!










1.Sem mais palavras, o título diz tudo!

O melhor lançamento nacional do ano, sem dúvidas!




Para encerrar, desejo aos leitores um feliz natal, junto com esse link de conteúdo intelectual altamente subversivo!



sábado, 10 de dezembro de 2011

TOP 10 - DINOSSAUROS




Eu poderia começar o post de hoje pedindo desculpas pela ausência de posts nas últimas duas semanas, e dizer que a culpa foi do final do semestre que me deixou muito atribulado. Porém, como é final de semestre, eu estou cansado e irritado com tudo. Logo, não pedirei desculpas por porra nenhuma. Se você não gosta desse blog (nem da dislexia do autor) vá ler algo mais inteligente em algum blog da Capricho.

O motivo desse post é simples. Esses dias me peguei pensando que, apesar do número de doutores com 30 anos (de qualidade questionável) estar aumentando no submundo universitário, ainda existe um charme na figura do intelectual maduro. Aquele que além dos artigos publicados e livros renomados, carrega consigo uma espécie de bagagem de vida. Sem esquecer daquela aura de vovozinho sábio que encanta todos os jovens universitários.

As dez celebridades listadas logo abaixo fazem parte desse leque de intelectuais que tem muito mais a ensinar além daquilo que escreve nos seus relatórios de pesquisa! Alias, acho que todos eles se graduaram em uma época onde as políticas para a pesquisa acadêmica ainda não eram tão facistas quanto são hoje. De maneira que puderam viver suas vidas ao mesmo tempo em que escreviam artigos e livros. Vale lembrar que alguns desses aí ainda nasceram a tempo de lutar na Segunda Guerra Mundial! Ou seja, estavam mais preocupados em “kill the nazis” do que em “makind the lattes”!

Sem mais delongas, apesar dos comentários sarcásticos que farei logo abaixo, acredito que todos esses sábios merecem respeito (com exceção do Harold Bloom, óbvio, esse já podia ter morrido mesmo). Como é feio falar a idade do sujeito, colocarei a data de nascimento do respectivo intelectual ao lado do seu nome, pare se ter uma idéia da antiguidade de cada um deles.

E antes que alguém venha me perguntar merda, SIM TODOS ELES AINDA ESTÃO VIVOS PORRA!




10. Umberto Eco, 1932


Critico das artes e da literatura, o italiano Umberto Eco adora viver perigosamente. Primeiro, porque ele é da máfia: as roupas e a nacionalidade evidenciam isso!! Segundo, ele sobrevive com uma dieta de massas tipicamente italiana (ele é bem mais obeso do que aparenta nessa foto).





9.Harold Bloom, 1930

Harold Bloom é um cara que pensa que mora nas 13 colônias! Para esse professor de literatura da Universidade de Yale (uma das mais conservadoras dos EUA) apenas a moderna literatura inglesa PRESTA! Sem falar nas suas polêmicas posições anti-marxistas, e no seu desdém pelo feminismo! Não é coincidência que sua maior obra chama-se “O Cânone Ocidental”!







8.Agnes Heller, 1929


A filósofa Agnes Heller foi a discípula mais famosa do Marxista húngaro Gyorgy Lukács (que não tem nada a ver com o porco yankee que dirigiu Cagada nas Estrelas). Vale lembrar que essa simpática vovozinha começou na faculdade de química. Até que em 1947 entrou para o partido comunista da Hungria, e trocou a química pela filosofia.






7.Jurgen Habermas, 1929

O que falar desse filósofo? O cara foi aluno de Teodoro Adorno e Max Horkeimer enquanto eles ainda estavam vivos, sendo considerado o último arauto da Escola de Frankfurt (ta sério, esse cabelo dele é muito maldito).







6.Noam Chomsky, 1928

Chomsky é provavelmente o mais multifuncional dos intelectuais aqui listados! Além ser o lingüista mais pop do planeta e ainda se arriscar em algumas áreas da psicologia, o cara ainda tem tempo para ser um arauto do anarsindicalismo e escrever livros contando as atrocidades que o Tio Sam cometeu na América Central e no Vietnã. Ele é foda!







5. Zygmunt Bauman, 1925

O bom moço critico da modernidade Zygmunt Bauman! Dizem que ele está escrevendo um novo livro chamado “terceira idade líquida”!







4. Jacques Le Goff ,1924

Alguns dizem que esse medievalista francês é tão velho que lutou ao lado do Rei Arthur na sua busca pelo Graal! Não sei se essa polêmica é verdadeira, mas é veredicamente comprovado que Le Goff fez parte do Partido Comunista Francês nos primeiros anos da guerra-fria (ele não parece um vilão do filme do Austin Powers nessa foto?).







3. Peter Gay, 1923

Historiador e psicanalista, Peter Gay nasceu na Alemanha e fugiu dela para não ir parar nos campos de concentração. Como historiador preocupou-se em usar a psicanálise para explicar os traumas da burguesia inglesa no reinado da Rainha Vitória!







2. Edgar Morin, 1921

Edgar Morin é considerado um dos sociólogos mais respeitados da França. O que não é difícil, visto que 1/5 dos sociólogos franceses vivos deve ter tido aula com ele. Vale lembrar aqui que Edgar Morin fez parte da resistência francesa que combateu os nazistas na Segunda Guerra Mundial (aquela mesma que perdeu e deixou os nazistas dominarem a França).






1. Eric Hobsbawn, 1917

Judeu nascido em Alexandria, Hobsbawn fez doutorado em História na Inglaterra, onde pesquisou os escritores marxistas da sociedade Fabiana do início do século XX (tipo, ele entrevistou algum deles até). Vale lembrar que durante a Segunda Guerra, Hobsbawn fez parte da Royal Army Corps. Em uma breve coletânea de textos do final da década de noventa, “Sobre História”, Hobsbawn comenta o quanto seus alunos universitários ficavam de boca aberta quando ele lembrava, em aula, do dia em que Hitler chegou ao poder.


Para encerrar, não gostaria de ser pessimista, mas se uma dessas celebridades deixar o planeta amanhã, eu não ficarei impressionado. Quanto ao resto, a não ser que a vagabundagem se aposse de mim, postarei com mais frequência nas próximas semanas!



sábado, 29 de outubro de 2011

TOP 5: ANIMAL RIGHTS







Foi divulgado recentemente que o famoso comedor de morcegos e filho de Satan, Ozzy Osbourne, aderiu ao veganismo. Para a maioria dos brasileiros essa palavra ainda é um tanto estranha! Mas vale mencionar aqui que Ozzy entrou para um seleto grupo de comedores de mato que já incluí Brad Pitty, Pamela Anderson, Brigit Bardot e Anthony Kiedis (esse ultimo é o cantor do Red Hot Chili Pepepers, pra quem não sabe). Vou aproveitar esse momento histórico para fazer aqui um top 5 de intelectuais que defendem os direitos dos animais.

Antes temos que fazer aqui algumas ressalvas... Os defensores dos animais são tão antigos quanto o vegetarianismo! Porém, o movimento pelos direitos dos animais teve um upgrade a partir da década de setenta do século XX. Ao mesmo tempo em que intelectuais passaram a escrever sobre isso, grupos de ativistas começaram a encher o saco de grandes corporações capitalistas que escravizam vacas, matam foquinhas e testam o seu shampoo favorito em coelhos!

No Brasil a questão dos direitos dos animais ainda é pouco debatida no meio intelectual, até porque a esquerda brasileira é chegada num churrasco! Mas nos países do primeiro mundo é cada vez maior o número de acadêmicos universitários que enche o saco dizendo que não adianta você lutar contra o racismo, a homofobia e o sexismo se você continua comendo hambúrguer do MC’donalds e usando sapatos de couro!

Antes que algum defensor dos direitos dos animais venha reclamar, vale lembrar que o objetivo desse blog é satirizar autores acadêmicos! O autor desse blog não tem nada contra o PETA (People for ethical treatment of animals), contra a ALF (animal liberation front) e também não apóia nenhuma espécie de teste de fármacos ou cosméticos em animais!


5.Peter Singer!




Em 1977 o filósofo Peter Singer chutou o pau da barraca e lançou o livro “Libertação Animal”. Ele foi o primeiro intelecutal acadêmico a publicar alguma coisa grande e complexa defendendo os animais! Hoje esse filósofo ministra a cadeira de bioética na universidade de Princinton! Bioética pra quem não sabe é uma das únicas cadeiras de “humanidades” que médicos, farmacêuticos e biólogos precisam fazer!  Nessa cadeira Singer ensina aos jovens profissionais da saúde que testar remédios em animais não é diferente do que o Mengheli fazia com os judeus (sim, Singer também é judeu)


4. Pro pessoal do gênero!



O Ecofeminismo é uma corrente bem ampla dentro do feminismo (que já é uma coisa bem ampla também)! Mas uma das autoras que mais ficou famosa nessa corrente de pensamento foi Carol J Adams! Basicamente essa americana teorizou que comer carne faz parte de uma ideologia machista, a mesma ideologia que diz que uma mulher é tão gostosa quanto um filé! Por essa razão essa feminista vegetariana aparece aqui no nosso quarto lugar!


3. Paola Calavieri




Não tem muita coisa pra se falar sobre a italiana professora de direito Paola Calavieri! Basta dizer que ela fez polêmica ao defender que primatas (macacos) tenham a mesma condição jurídica que humanos, e que sejam julgados pelas leis humanas!


2. Steven Best




Professor de filosofia e vegan ao mesmo tempo, Steven Best é um pós-moderninho que da aula de filosofia na Universidade do Texas! Tem dois motivos para ele estar no nosso segundo lugar! 1. Olha o nome dele, o cara é foda! 2. O cara é vegan e defensor dos direitos dos animais num território famoso pelo xurraxco e pelos rodeios, o cara é foda!



1.Gary Francione





Professor Universitário em cursos de Direito, Gary Francione é provavelmente o intelectual mais polêmico quando se trata de defender os direitos dos animais! Primeiro, o cara é adepto da religião Ahimsa! Pra quem não sabe é uma religião indiana que prega a “não-violência”! Sim, os seguidores da Ahimsa acham que matar baratas, moscas, aranhas e outros insetos que você deve ter nojinho é um crime tão bárbaro quanto matar um ser humano! Mas o principal motivo que tornou Francione famoso foi seu livro criticando o PETA! Pra quem não sabe o PETA (People for ethical treatment of animals) é a maior ONG que luta pelos direitos dos animais ao redor do planeta! Francione se colocou como verdadeiro defensor dos animais e disse que o pessoal do PETA não passava de um bando de sensacionalistas por causa daquelas campanhas como “quem é o vegetariano mais sexy do ano”, ou porque eles usavam a Pamela Anderson para fazer campanhas tipo “veganos são mais bonitos, seja vegano você também”. Por ser o mais polêmico de todos, esse autor fica com o nosso primeiro lugar!


Para encerrar, vale lembrar mais uma vez o velho Ozzy, que depois de alguns anos em uma dieta a base de morcegos, se tocou que nada é mais Rock ‘n Roll do que uma dieta a base de mato! (vai dizer que você não sabia que todos os Beatles eram vegetarianos?)

domingo, 25 de setembro de 2011

TOP 10: Modernidade e Enrolação!


Pra variar, começo este post pedindo desculpa aos leitores pela ausência de posts nas últimas semanas! Digamos que eu ando meio ocupado tentando fazer a revolução, ou alguma coisa parecida com isso (???). Hoje me proponho a fazer aqui o que chamarei de interpretação cínica da Modernidade! Sintam-se livres para discordar, mas não deixem de ler até o final!

A maioria dos leitores que é envolvido com ciências humanas ou coisas desse tipinho sabe que a palavra MODERNIDADE é comum no vocabulário da galera que mexe com essa área. Essa galera também sabe que MODERNIDADE deve ser a palavra que mais vende livros no ramo! Digo isso porque modernidade é quase como um “conceito-mãe”, que pariu vários outros conceitos serelepes como “pós-modernidade”, “hipermodernidade”, ou “modernidade liquida”.

Os leitores podem achar estranho, mas a real, é que até metade do século XX a maioria dos sociólogos, lingüistas, historiadores e filósofos tava cagando e andando pra modernidade. Acontece que depois da segunda guerra mundial um conjunto de fatores que vai desde o holocausto, até o movimento feminista, passando pela descolonização da África e pela passagem do cometa Harley, fez um bando de intelectuais (que não tinham mais o que fazer) começar a dizer que já tínhamos passado a época moderna e estávamos entrando numa época PÓS-MODERNA!

A partir daí, todos os jovens que viviam o clima intelectual daquela época começaram a discutir se estávamos entrando numa era PÓS-MODERNA ou se ainda estávamos na era MODERNA. Sem falar que isso fez boa parte da galera (que nunca tinha parado pra pensar o que era MODERNIDADE) publicar livros explicando a origem da MODERNIDADE! A questão é que isso deu origem a maior guerra de publicações do século XX, uma vez que autores de várias partes do mundo quiseram pegar a sua fatia do bolo. Logo, surgiram muitas publicações estuprando a palavra MODERNIDADE das mais variadas formas! Tudo isso com a desculpa filantrópica de que precisávamos entender esse novo tempo que surgira, banhado a sexo, drogas, hippies, internet e armas de destruição em massa!

Logo, segue aqui uma lista com os 10 autores que mais se aproveitaram do termo MODERNIDADE para vender livros! (se você acha que faltou alguém, é porque realmente muita gente se aproveitou pra lucrar com a Modernidade, e nem um top 20 daria conta!)



10. Lyotard, o primeiro!

O francês Jean François Lyotard pode ser considerado o cara que tacou a merda no ventilador no final dos anos setenta e começou essa porra toda! Lyotard lançou “A Condição Pós-moderna”, pra desespero de todos os comunistas da época. Além de dizer que estávamos em uma época pós-moderna, o francês decretou a morte das grandes narrativas e das explicações universais!



9.  A primeira reação Marxista, Marshall Berman

Incomodado com a moda Pós-moderna no início dos anos oitenta, esse marxista oriundo do Bronx foi provavelmente o primeiro a publicar alguma coisa decente tentando explicar a MODERNIDADE! Vale lembrar que esse é o único livro do Berman que fez sucesso ao redor do mundo!

 


8. A reação da escola de Frankfurt, Habermas

O último arauto da escola de Frankfurt, Jürgen Habermas, não resistiu a popularização da pós-modernidade e também reagiu. Além de brigar um monte com o Michel Foucault e com o Jacques Derrida, Habermas também tentou explicar as origens da MODERNIDAE! Não digo que foi uma reação marxista pois o Habermas é considerado o menos marxista da escola de Frankfurt!




7.  A segunda reação Marxista, David Harvey

O geógrafo David Harvey (que ta mais pra economista do que pra geógrafo) foi o segundo marxista a tentar rebater a pós-modernidade! Além de xingar um monte o Derrida e o Lyotard, nesse livro clássico ele afirma que a pós-modernidade nada mais é do que o estágio mais avançado do capitalismo!



6. Bauman, a modernidade líquida

O sociólogo bom moço Zygmunt Bauman provavelmente é um dos caras que mais lucrou com essa discussão toda. Mas ele merece! Ele foi o mais criativo de todos!  Ao invés de ficar discutindo MODERNIDADE ou PÓS-MODERNIDADE o cara inventou algo novo: MODERNIDADE LIQUIDA! A partir daí ele publicou vários livros falando de “modernidade líquida”, “medo líquido”, “amor líquido”. Convenhamos, o cara foi criativo!




5. Giddens, a modernidade reflexiva

O arauto da terceira-via Anthony Giddens não resistiu e também se meteu nesse debate! Ele junto com uma galerinha da Escola Econômica de Londres inventou a idéia de Modernidade Reflexiva. Em suma ele quis dizer que vivemos hoje numa MODERNIDADE mais consciente das merdas que faz! Vale lembrar que Giddens é um dos poucos intelectuais nomeado LORD pela rainha mãe!



4. Canclini e a Modernidade Hibrida

O debate sobre a modernidade e a pós-modernidade também gerou efeitos na América do Sul. Depois de uma galera falar que a América Latina era um exemplo das misturas e hibridismos pós-modernos, o argentino Nestor Garcia Canclini tentou explicar essa porra toda! O cara é tão bom que lançou um livro explicando como entrar e sair da modernidade!




3. Maffesoli e a modernidade vagabunda!

O sociólogo francês Michel Maffesoli foi um dos caras que mais curtiu a idéia de pós-modernidade! Só pra ter uma idéia, no livro aí de cima o cara fala em “vagabundagens pós modernas”! Maffesoli diz que vivemos uma “subversão pós moderna” com direito ao retorno do tribalismo, do tio Dionísio, do trágico e dos êxtases coletivos!




2. Lipovtesky e a hipermodernidade!

Ninguém esperava que Lipovtesky fosse se tornar um filósofo reconhecido mundialmente, visto que ele é professor em uma pequena universidade no sul da França! Mas ele foi criativo e foi o primeiro a tentar filosofar sobre o mundo da moda (ver Império do Efêmero)! Recentemente também resolveu lucrar em cima do debate sobre a pós-modernidade! Ele não só negou esta como disse que vivemos na hipermodernidade!




1.Latour, nós nunca fomos modernos

Quando todo mundo já estava cansado de debater se estávamos vivendo a modernidade ou a pós-modernidade, o antropólogo francês Bruno Latour chutou o pau da barraca e disse que nós nunca fomos modernos! O cara é tão didático que nesse livro ele explica com desenhos como a modernidade foi construída ideologicamente (eu não achei nenhum desenho na net, se não eu colocava aqui)! Por toda essa audácia (e pelos desenhos) ele merece o nosso primeiro lugar!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

TOP 5: Presentes para o NATAL!!



Para variar, faz algum tempo que não posto aqui no blog! Peço desculpas aos leitores, mas parafraseando um professor meu “essa vida de cobaia da CAPES” não é fácil!!!

Mas enfim, os últimos meses andam tão puxados que eu já estou pensando no Natal! Sim, o nascimento de Jesus aqui não tem a mínima importância, muito menos o fato de ser um feriado quase mundial! Estou pensando no Natal, pois como todo rato de livraria, já estou de olho nas obras primas que eu pretendo ler nesse verão!!! E o Natal é uma ótima desculpa para extorquir as pessoas próximas a me darem presentes (quem nunca fez isso atire a primeira pedra, ok?)

Como eu freqüento livrarias com freqüência estou relativamente atualizado nas novidades do mercado editorial. Por justa causa estou colocando hoje, aqui, uma pequena lista com novidades intelectuais que chegaram as livrarias brasileiras nesse ano de 2011. Algumas dessas obras já estão no mercado internacional faz uns 5 ou 6 anos, mas só foram traduzidas para o português agora. Logo, são uma ótima pedida para os leitores que querem se manter atualizados nos grandes debates do mundo intelectual internacional.

Sendo bem franco, eu não sei se essas minha recomendações vão surtir efeito. Já que o Natal, aqui no Brasil, caí bem no verão. Isso significa que uma boa parcela dos jovens intelectuais universitários vai estar ocupado na praia, usando drogas ou fornicando, e provavelmente o único livro que vai pegar em mãos vai ser um do Harry Potter (atire a primeira pedra quem acha que eu estou errado, ok?)

Enfim, aqui vai a lista, e sério, quem puder compre o primeiro lugar, é muito bom!






5. A estranha derrota

Esse livro foi feito com base em manuscritos perdidos/encontrados do falecido historiador Marc Bloch. São textos que ele escreveu enquanto assistia ao vivo os nazistas dominarem Paris. Em resumo, o cara tenta explicar (dar uma desculpa) porque a França se rendeu aos nazistas na Segunda Guerra. Vale lembrar que já fazem 60 anos que os franceses estão tentando explicar isso, pra tentar se livrar da fama de “povo que se ajoelhou pros alemães”.




4.O Reino e a Glória

Depois de falar que os campos de concentração estão em todos os lugares desde que a modernidade começou, e que eu e você moramos em um campo de concentração, Giorgio Agamben vai até a Idade Média para explicar porque somos vidrados em relacionar PODER com GLÓRIA, e como isso ta relacionado ao cristianismo. Na minha humilde opinião acho que alguém tem que usar esse livro para explicar o populismo na América Latina, ta aí uma ótima tese de doutorado (alguém aí aproveita a deixa).

 


3. Primeiro como tragédia, depois como farsa

A frase é de Marx, mas Slavoj Zizek se apropria dela para explicar a crise financeira de 2008. Zizek começa falando que já tava na cara que essa crise já ia acontecer desde o ano 2000. E como ele adora psicanálise ele vai falando que a crise não surpreendeu as pessoas, mas as pessoas se deixaram surpreender e.... enfim ele faz uma grande divagação misturando psicanálise, economia e Marx.

 


2. Notas sobre o Anarquismo

Noam Chomsky é provavelmente o anarquista mais pop do mundo intelectual contemporâneo. Esse livro é uma junção de textos, entrevistas, palestras, e várias coisas que o cara falou sobre Anarquismo. É interessante que no livro ele explica muito bem que ele nunca se denominou como anarquista, e sim como socialista libertário (os anarcos têm tanta simpatia por ele que pensam que ele é anarcosindicalista)



1. O livro negro da Psicanálise

A editora francesa Catheryne Meyer juntou um bando de filósofos, psiquiatras, neurologistas e até historiadores para travar uma guerra contra a psicanálise, que está publicada nos textos desse livro! Lançado em 2005 na França, não preciso dizer que a polêmica que ele fez não foi pouca! Em resumo o livro diz o seguinte: Freud era mentiroso, Lacan era charlatão e a psicanálise é filosofia trajada de medicina. O livro começa com uma estatística bem interessante: os dois países do mundo onde a Psicanálise reina absoluta são a Argentina e a França (curiosamente, dois dos povos mais egocêntricos do planeta!)


domingo, 21 de agosto de 2011

CADÊ A CARECA???








Olá leitores! Infelizmente eu ando sem muito tempo para escrever aqui! Tanto que não consegui terminar o "Top10: historiadores esquecidos", que seria minha homenagem ao Dia do HIstoriador, que foi na última sexta (ou quinta?) feira! Mas como o blog não pode parar, eu resolvi começar a semana com uma foto que pode mudar a vida de muitos (ou não)!!!!!

Caso você não tenha sacado de primeira, essa foto aí em cima é do Filósofo (metido em todas as áreas) Michel Foucault, antes dele virar o segundo careca mais famoso do planeta, só perdendo pro Ghandi! Eu não achei a data da foto, mas ao julgar pela sua aparência jovial, acredito que a foto seja da época em que Foucault era apenas um graduando ou pós-graduando de filosofia. Provavelmente na época em que ainda era aluno e orientando do arquinimigo de Jeal Paul Sartre, Jean Hyppolite!

Aproveito aqui para registrar meus agradecimentos para a amiga que me passou essa foto: Obrigado!

E só para podermos comparar, fica aqui uma foto do careca, quando este já era careca!







 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

INTELECTUAIS MEGA-POPs




Prestem bem a atenção na lista que está logo abaixo leitores! Ela é um ranking feito em 2007 pela revista inglesa "TIMES HIGHER EDUCATION". Apesar de ter educação no nome e parecer chique, ela não passa de um grande tablóide de fofocas sobre o mundo acadêmico internacional! Mas enfim, eles são realmente muito bons em pesquisas quantitativas ao estilo IBOPE ou DATA-FODA-SE. Como vocês podem ver temos aí uma lista com os 50 intelectuais mais citados no ano de 2007! Obviamente eu queria ter acesso aos outros anos, mas como eu não to afim de pagar em euros para ser assinante dela, só peguei essa daí que tava gratuíta!

O interessante é que essa tabela nos da um bom panorama de quais celebridades acadêmicas continuam em alta! Ou melhor, quem os universitários andam imitando e bajulando sem parar!!! Vou deixar os leitores fazerem seu próprio julgamento dos números! Mas não posso deixar de registrar aqui algumas opiniões!

1 - GIDDENS em quinto ??????????????????

2 - o Nietxe e o Marx estão empatados na última posição!!!


3 - O único historiador que aparece na lista é o Thomas Kuhn, que era fisico de formação. O único geógrafo que aparece é o David Harvey, que parece mais um economista marxista! E o único pedagogo (?) que aparece é o Piaget, que era biólogo de formação.


Obs: ta aqui o link da tabela pra não pensarem que eu inventei http://www.timeshighereducation.co.uk/story.asp?sectioncode=26&storycode=405956






Field
Citations to books in 2007
Michel Foucault (1926-1984) Philosophy, sociology, criticism
2,521
Pierre Bourdieu (1930-2002) Sociology
2,465
Jacques Derrida (1930-2004) Philosophy
1,874
Albert Bandura (1925- ) Psychology
1,536
Anthony Giddens (1938- ) Sociology
1,303
Erving Goffman (1922-1982) Sociology
1,066
Jurgen Habermas (1929- ) Philosophy, sociology
1,049
Max Weber (1864-1920) Sociology
971
Judith Butler (1956- ) Philosophy
960
Bruno Latour (1947- ) Sociology, anthropology
944
Sigmund Freud (1856-1939) Psychoanalysis
903
Gilles Deleuze (1925-1995) Philosophy
897
Immanuel Kant (1724-1804) Philosophy
882
Martin Heidegger (1889-1976) Philosophy
874
Noam Chomsky (1928- ) Linguistics, philosophy
812
Ulrich Beck (1944- ) Sociology
733
Jean Piaget (1896-1980) Philosophy
725
David Harvey (1935- ) Geography
723
John Rawls (1921-2002) Philosophy
708
Geert Hofstede (1928- ) Cultural studies
700
Edward W. Said (1935-2003) Criticism
694
Emile Durkheim (1858-1917) Sociology
662
Roland Barthes (1915-1980) Criticism, philosophy
631
Clifford Geertz (1926-2006) Anthropology
596
Hannah Arendt (1906-1975) Political theory
593
Walter Benjamin (1892-1940) Criticism, philosophy
583
Henri Tajfel (1919-1982) Social psychology
583
Ludwig Wittgenstein (1889-1951) Philosophy
583
Barney G. Glaser (1930- ) Sociology
577
George Lakoff (1941- ) Linguistics
577
John Dewey (1859-1952) Philosophy, psychology, education
575
Benedict Anderson (1936- ) International studies
573
Emmanuel Levinas (1906-1995) Philosophy
566
Jacques Lacan (1901-1981) Psychoanalysis, philosophy, criticism
526
Thomas S. Kuhn (1922-1996) History and philosophy of science
519
Karl Marx (1818-1883) Political theory, economics, sociology
501
Friedrich Nietzsche (1844-1900) Philosophy
501